Na década de oitenta os
beijos cinematográficos de Hollywood despertavam nos jovens uma euforia
transcendental.
Enfeitiçadas por essas cenas
e também algumas revistinhas de história de amor, aos treze anos de idades
participei de uma brincadeira na qual as participantes teriam que manter
constantemente uma sigla escrita no braço. Se não me falha a memória a sigla era a
seguinte: AABC (Abraço Apertado Beijo Colado), quem fosse pega sem a sigla
escrita no braço teria que pagar um beijo em um garoto escolhido pela colega
que flagrou a falta da sigla.
Os meninos amavam essa
brincadeira e as meninas também, porém, eu nunca quis ser flagrada, pois ainda
era BV. O dia fatídico foi quando uma de minhas colegas observou que eu tinha
esquecido em escrever a sigla antes de sair de casa. Não tive como escapar. O
pagamento do beijo aconteceria à noite longe dos olhos de minha mãe, é claro!

Um minuto para aproximar
meus lábios dos lábios do rapaz que havia sido escolhido e que não por coincidência
também era ligado em mim tornou-se uma eternidade. Bem, rompidos todos os
obstáculos menos a vergonha quando meus lábios sentiram os dele, dei-lhe uma
tremenda mordida no lábio inferior que ficou uns quinze dias roxo e inchado.
Com vergonha passei alguns
dias sem falar com o garoto. Passado o vexame reatamos a amizade e um namorico
começou. Descobri que ninguém deve influenciar você a fazer algo que você não
quer ou que seja errado. Devemos nos posicionar quanto ao que queremos, ou
então, seremos marionetes nas mãos dos outros.
Parabéns professora, gostei da história, e amei o blog.
ResponderExcluirQue bom que você gostou Bruninha. Sábado às 22:00 tem mais.
Excluirmuito boa sua história profª
ResponderExcluiramei a moral bjss e abraços!!